sábado, 16 de abril de 2011

Projeto Âncora



Em 1995 era criado o Projeto Âncora - Pelos Direitos da Criança, Adolescente e Idoso. Crianças e adolescentes desde então são atendidos às centenas eininterruptamente. Mas ainda não havia chegado a vez dos idosos.

Ao completar 15 anos de existência o Projeto Âncora começa o atendimento aos idosos.
Um grupo de idosos e idosas que passam o dia numa entidade vizinha ASCI - Associação de Serviços Comunitários a Idosos Ana Pedroso de Toledo tem vindo passar algumas horas no Projeto Âncora em atividades de integração com crianças e jovens. E nossas crianças e jovens tem ido até lá participar de atividades com os idosos.

Ainda é um projeto inicialque nos tem dado provas de que vale a pena investir em sua continuidade. Privar as crianças desse convívio é uma pena, uma perda enorme que acarreta opreconceito e a desvalorização do idoso. Para os dois grupos os ganhos são enormes, a criança se enriquece com uma outra visão e experiênciade vida e de mundo, e o idoso ganha energias nesse contato e sua auto-estima se eleva quando se sente valorizado, útil e feliz quando pode brincar, jogar, dançar, rir, voltar a ser criança.
 
Fomos buscar nos textos inspiradores de Rubem Alves confirmações de que o caminho que estamos iniciando é fundamental para a melhoria de nosso trabalho no Projeto Âncora:
Camus diz que em Atenas havia um templo dedicado à velhice. A esse templo os pais levavam os seus filhos.

- Velhice é o tempo da verdade da alma. Os velhos terão rosto de criança se a criança eterna continuar viva dentro deles. E acriança, como disse Zaratustra, é “inocência e esquecimento, um novo início, uma brincadeira, um moto-contínuo, um primeiro movimento, um 'Sim' sagrado...”.

- As crianças jamais desejam ser aposentadas de ser crianças. O terrível e mortal é quando o homem se aposenta. Não estou me referindo simplesmente ao momento em que não é mais necessário comparecer ao trabalho. Estou me referindo àquele momento quando um homem ou uma mulher atracam o seu barco e se entregam à tola ilusão de, finalmente, ter paz. Mas paz, precisamente, é o que a alma não deseja. A alma deseja o perigo, o desconhecido. A alma é uma águia que ama as alturas, as montanhas geladas, o mar desconhecido, os abismos.

- A alma é guerreira: –luto, logo existo. É preciso que haja sempre uma batalha a ser travada. A paz desejada logo se transforma num charco de água parada. A segurança é a mãe do tédio. E no tédio as serpentes chocam seus ovos.

Abraço grande e fraterno,
Walter Steurer
Projeto Âncora - Pelos Direitos da Criança, Adolescente e Idoso
11-4612-9966

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