segunda-feira, 2 de maio de 2011

Eco-design ganha espaço na produção de moradias ecológicas



Produtos residenciais ecologicamente corretos e outras medidas de responsabilidade ambiental aplicadas à moradia têm sido desenvolvidos pela eco-designer nascida em Luxemburgo, Petz Scholtus, 28 anos. A iniciativa tem feito sucesso entre pessoas e empresas interessadas em adotar suas criações e desponta como uma tendência na construção e decoração de residências ecológicas.

O chão da casa de Petz é feito de telhas e pedaços de uma tela de televisão quebrada. A proposta de adaptar móveis e utensílios convencionais ao dia-a-dia "eco-responsável" envolvem criatividade e o reaproveitamento de restos de materiais, medidas que estão dando notoriedade à jovem profissional.

O trabalho da eco-designer é aplicado principalmente em prédio antigos - atualmente, em especial, num edifício do século XVIII readaptado às necessidades atuais de moradia, onde ela vive há um ano no Bairro Gótico, em Barcelona. Além de andar de bicicleta pelas ruas espanholas evitando a emissão de carbono e mantendo a qualidade do ar, Petz compartilha de seus truques ambientalmente saudáveis em seu blog (r3project.blogspot.com), onde dá dicas, em inglês e castelhano, de como é possível desenvolver alternativas ecológicas sem precisar gastar dinheiro para montar uma casa.

“As pessoas têm uma idéia de que o que é sustentável é somente para os ricos, ou que se trate de algo feio e de baixa qualidade", disse Petz, referindo-se aos móveis e residências reaproveitados ou criados com restos de outros objetos e matérias-primas. "Por isso, eu queria mostrar que era possível fazer isso de forma bonita e barata".

A designer criou elementos de "eco-renovação" nas obras de restauro e decoração de seu apartamento, onde mora e trabalha. O esforço de criar móveis com pneus velhos, restos de telhas, vidro, cadeiras feitas com tecido de revestimento de bancos de carro, lâmpadas fluorescentes compactas que consomem menos energia, prateleiras com tábuas recicladas e até a tinta das paredes com baixo teor químico tem sido reconhecido por empresas e pessoas interessadas em adotar formas de viver com produtos ecologicamente corretos.

Petz, que foi criada numa fazenda em Luxembrugo e se formou em eco-design pela Universidade de Londres, agora pretende levar este olhar crítico e criativo sobre a responsabilidade ambiental para os Estados Unidos, considerado o país mais poluente do mundo.

As práticas sustentáveis, acredita ela, são uma forma de mostrar como os ideais de uma vida mais 'verde' e saudável dispensam um orçamento alto e podem ser adotados em qualquer casa ou cidade. E o primeiro fruto disso já está nascendo. Empresas e organizações que atuam na área de agricultura, turismo sustentável e bem-estar já pensam em fazer parcerias para comercializar suas idéias.

Fonte: Portal Terra / The New York Times

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