Uma biblioteca sem livros, mas com muitas pessoas, experiências de vida, pontos de vista e histórias.
É essa a proposta da Living Library, um projeto criado na Dinamarca, em 2000, por um grupo de jovens da ONG Stop the Violence.
A idéia é simples: o grupo criou uma biblioteca com um catálogo de pessoas disponíveis para conversar por alguns minutos com leitores dispostos a ouvir e a enfrentar os próprios preconceitos. São os chamados livros vivos.
São cegos, ex-presidiários, imigrantes, muçulmanos e outras pessoas que, por causa dos estereótipos, sofrem com a discriminação e o preconceito.
“Porque você usa o véu?”, “O que levou você a cometer um crime?”. O leitor pergunta, o livro responde e, então, se estabelece um diálogo, que pode ser o primeiro passo em direção a uma sociedade mais tolerante.
Os livros vivos são voluntários e a biblioteca é móvel, pode ser organizada por algumas horas em bibliotecas públicas, escolas, feiras e instituições.
Da Eslovênia ao Japão, do Canadá à Turquia, a Living Library já se espalhou por mais de 20 países e foi reconhecida pelo Conselho da Europa como um instrumento de promoção dos direitos humanos.
Para o grupo, o mais importante é promover a diversidade e mostrar que muitas vezes o preconceito e a discriminação ocorrem devido à falta de conhecimento.
“As pessoas são diferentes e não precisam mudar, é preciso apenas se respeitar. Nós vivemos em uma época em que precisamos de diálogo. Só com o diálogo poderemos ter mais compreensão, tolerância e paz. É isso que queremos com o projeto”, afirma um dos fundadores.
Fonte: Revista Vida Simples / Library Journal / Time To Change / Human Library
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